As duas versões da educação com tecnologia.


A matéria pega foi da revista digital A rede educa que trata exclusivamente de tecnologias para a educação e informa sobre as novidades que são inseridas no contexto educacional. Esta matéria em especial fala sobre o Efex, que foi criado e também desenvolvido pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira, com a ideia de um espaço cujos objetivos são a criação e compartilhamento de práticas pedagógicas novas e que são feitas através da tecnologia. Esse espaço foi criado exclusivamente para professores das redes de ensino públicas, com o objetivo de melhorar as competências dos docentes e também o auxiliar no manuseio de instrumentos e recursos que são digitais. A inserção das tecnologias nas escolas públicas é uma problemática que traz muitas questões, principalmente com relação ao governo atual. A leitura desta primeira matéria me remonta a outra leitura que fiz a pouco tempo sobre educação e tecnologias através do site carta capital, que se intitula como: “uso das tecnologias ainda desafia escolas brasileiras”, e trata exclusivamente da falta de estrutura que algumas instituições tem para abarcar este desenvolvimento tecnológico como baixa velocidade de internet, problemas de acesso em algumas áreas das escolas e até a reprovação dos professores pelo uso da tecnologia móvel na sala de aula, sendo possível o uso deste recurso tecnológico apenas aos professores, coordenadores e funcionários da escola, já que esta vantagem só estaria disponível nas coordenações, direções, salas de professores ou salas de reunião.
Ou seja, há nessas duas reportagens versões completamente opostas e complementares de como a tecnologia tem sido tratada na educação brasileira e até é possível fazer algumas criticas remontando a propostas atuais de “inovação”. A primeira reportagem (que foi de 2017) trata da implantação de um sistema altamente inovador, que poderia ter sido completamente aproveitado pelos professores e levado até os alunos, porém, na segunda matéria (que foi de 2019) temos um contraponto muito grande, já que a escola tenta abarcar a tecnologia, mas tem problemas com isto, já que há falta de recursos.
Podemos levar esta discussão a um ponto mais atual ainda: A migração do Enem tradicional para um Enem digital. E levando em conta todos os aspectos que foram citados nas duas reportagens que foram colocadas, será que é possível implantar uma prova tão importante para os brasileiros de todas as idades, em escolas que não há estruturas convincentes para a realização da prova? Em locais onde não há uma boa conexão de rede? Em locais com problemas até nos equipamentos? Isso também desencadeia uma discussão social muito extensa, que pode com certeza já foi citada em várias disciplinas pedagógicas, que é a inclusão digital, já que muitas pessoas que moram em locais de condições precárias não tem tecnologia disponível, e consequentemente não teriam a mesma facilidade na realização das provas em relação às pessoas que já estão incluídas digitalmente.   

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