Discussão sobre software livre e formação de professores (Parte 2)
O texto que será exposto e discutido hoje será o de Maria
Helena Silveira Bonilla, que se intitula como “Software livre e formação de professores: para além da dimensão técnica.” Esta é a segunda parte da discussão.
Na terceira parte do texto há uma longa discussão sobre a
formação dos professores com relação ao software livre, e afirma que esta
relação não se aplica de forma amorosa na prática. Como já foi dito, muitos dos
sistemas aplicados na educação foram colocados com problemas e diversas
fragilidades, então muitos docentes já negaram claramente a utilização devido à
dificuldade que obtiveram com o sistema, já que foram acostumados a usar outras
plataformas. Porém a autora entra em outro principio bastante polêmico, que é a
capacitação destes professores para a utilização deste tipo de sistema. Muitos
educadores usam aplicativos livres e não sabem por que estes também são
acessados em software proprietários, além disso, muitos ambientes virtuais
também se comportam desta forma. Para estes problemas, algumas soluções básicas
vêm sendo tomadas como, por exemplo, a mudança gradativa de sistemas operacionais, começando inicialmente pela mudança inicial com os aplicativos e
depois, de forma gradativa ir chegando até o sistema por completo.
É exposto que possuir a inserção do software livre, não
garante a educação livre, já que não adianta coisa alguma manter na máquina um
software livre e manter o mesmo modelo de ensino arcaico e privativo que se é
realizado por grande parte dos docentes, aspecto que é bastante comentado no
livro além das redes de colaboração. Ou seja, para a existência de uma educação
colaborativa, não é necessário apenas uma mudança no software, e sim uma mudança
geral, inclusive comportamental e educacional. A formação dos professores
também é um quesito a ser comentado, pois na universidade raramente há um
componente específico para o estudo do software livre, de como este funciona e
das vantagens da sua implementação na educação, muitos docentes só aprendem
sobre o sistema quando saem da graduação e vão para algum curso de
especialização com relação a isto ou entram em contato na sala de aula.

Fonte: Canal do ensino
Muitos professores claramente estranham o software livre, se
sentem inseguros e perdidos, nesse processo de transição, principalmente pelo
fato de não terem possuído um incentivo ao estudo na universidade e não terem
participado da decisão sobre o novo modelo de software usado dentro das
instituições, ou seja, isso mostra mais uma vez a face excludente do Brasil com
relação aos educadores, aonde estes se veem incentivados a utilizar um sistema
que raramente ou nunca entraram em contato.
É necessário sempre inserir a ideologia e os fundamentos do software
livre, bem como suas vantagens dentro da formação dos professores, para que
estes se sintam mais confortáveis e habituados e que não apenas consumam as
tecnologias e informações.
Comentários
Postar um comentário